sábado, 20 de outubro de 2018

MINHA LOJA, MEUS IRMÃOS!


Terça-feira o calendário
Registra em letras formais
Uma obrigação que jamais
Por mim será descumprida...
É um momento na vida
Dedicado ao estudo
E que o GADU, embora mudo,
Fala-nos pelos Rituais!

Na tardezinha do dia
Dentro do meu terno escuro
Saio com passo seguro
Sem perder nada de tempo
Para chegar cedo ao Templo,
Abraçar os meus irmãos,
Apertar as suas mãos
E vestir meu paramento.

E chegando àquela sala
De nome “Passos Perdidos”
Encontro os escolhidos
Dos muitos que são chamados...
Diversos paramentados
Outros se paramentando
Um a um vou abraçando
Por todos sou abraçado!

A emoção contagiante
É seiva para a energia
Que em serena harmonia
Adentra ao Templo Sagrado!
E assim, cada iniciado,
Contempla em seu interior
A magia do amor
E um novo mundo criado!

E, no Templo, entre colunas,
No desenvolvimento do Rito
Vejo em cada símbolo escrito
O seu sentido esotérico,
E ouço no corpo etérico,
Uma voa que me fala perto
Honra ao Grande Arquiteto
Para a vida ter sentido!

E quando me dou por conta
Ouço do malhete a pancada...
A Sessão está encerrada
Fala o mestre de primeira!
E a próxima terça-feira
Parece-me longe demais
Para aprender nos Rituais
Essência para a vida inteira!




Poema classificado na triagem da  III Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula (2010) 
Categoria Maçônicos  Suplente: MINHA LOJA, MEUS IRMÃOS – de Ivo Gomes de Oliveira