segunda-feira, 29 de junho de 2009

NOITE DE SOLIDÃO

Leva-me a solidão
à praça do centro
onde o murmúrio do vento
sopra o lamento do poema desleixo.

Bancos quebrados,
lixo acumulado
mendigo acossado
cães famintos
marmita de restos
caridosa oferta
opulento vizinho
mansão da esquina.

Desleixo da praça,
cães que acossam
famélico pedinte
nobre ação
caridoso vizinho.

Desnudo a solidão das coisas
e volto a viver na companhia da minha própria incúria

segunda-feira, 8 de junho de 2009

CASA DA LUZ VERMELHA

(IGdeOL)

E as estrelas,
As estrelas da noite
No descanso do ocaso
São sinais no caminho
Que o mundo destina
A quem no escuro
Procura apressado
Por um sinal de vida.

É na fonte da luz
Cor vermelha das paixões
Da emoção sem razão
Que se descobre
Por um instante
Na nudez da noite
O sonho da vida
Ou a ilusão perdida
No seio da amante.